quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Vi e amei: Milk

Aos poucos (e sem pressa) estou assistindo os filmes que ganharam o Oscar no comecinho do ano. Ontem foi a vez de Milk, que recebeu por Melhor Roteiro Original e Melhor Ator pro Senn Penn.

Desde a primeira vez que ouvi falar do filme já imaginava que era ótimo, afinal tinha 3 ingredientes que eu amo: história real, Gus Van Saint e Sean Penn. E eu estava certinha, o filme é maravilhoso e me ganhou nos seus primeiros 5 minutos, com diálogos deliciosamente deprimentes e divertidos.

Confesso que nunca tinha ouvido falar de Harvey Milk até começar o bafafá sobre o filme, mas taí uma pessoa fácil de se admirar. Coragem, integridade, humor, uma pitadinha de tudo. Quase uma Pollyana de otimismo.

O filme mostra o comecinho da luta pelos direitos dos homossexuais, lá em 1970, mas não é só sobre isso. É também sobre o funcionamento da democracia e o significado de direitos civis. Em algumas cenas chega a ser engraçado os absurdos que as pessoas contra esses direitos usam como argumento, mas aí você se toca que aquilo não é interpretação nem exagero de roteiro, que na verdade está sendo exibido um vídeo da época, e que todos aqueles absurdos foram ditos e apoiados com convicção.

Van Saint faz muito bem essa mistura dos vídeos reais com o que foi produzido para o filme. Aliás, nos filmes que vi deste diretor tive uma sensação de proximidade da situação e dos personagens, pelos enquadramentos, pela luz, pelas interpretações, tudo muito orgânico e real.

Falando em interpretações, Van Saint soube tirar o melhor de cada um. Num filme onde a maioria dos personagens é homossexual, era de se imaginar que algum ator caisse pra caricatura, mas isso não aconteceu.

Pra quem gosta de curiosidades, algumas pessoas que fizeram efetivamente parte da história aparecem de verdade no filme, sejam interpretando a si mesmos ou fazendo aparições discretas, nem que seja no cantinho da tela.

Ah, uma das coisas que mais gostei no filme foi o relacionamento entre Milk e Scotty, daquele tipo que todo mundo procura.

Num falei do Sean Penn né? É que sou suspeita, AMO! Mas ele realmente mereceu o prêmio, construiu detalhadamente um personagem complexo e cheinho de facetas.

Mas eu queria 15

Boneco do Charlie

Eu já disse aqui que adoro Charlie e Lola, por isso fiquei babando quando vi hoje no shopping os bonecões dos personagens. Num precisa nem ser os dois, quem quiser me dar o do melhor irmãozão do mundo eu tô aceitando.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Trilogia completa

Finalmente assisti ao único filme que faltava pra completar a trilogia da vingança de Chan-Wook Park: Mr. Vingança, que resumindo bem resumidamente narra a história de Ryu, que pra conseguir um rim para a irmã doente se envolve com traficantes de órgãos e sequestra a filha do cara que tinha lhe demitido.

Diferente de Lady Vingança e Oldboy, achei esse filme beeeem mais leve, com ótimos momentos de humor, principalmente na primeira metade e na maioria das vezes graças a namorada comunista do Ryu, minha personagem preferida sem dúvida, uma figurinha que faz um ótimo contra-ponto, já que ele é surdo-mudo e ela fala pelos cotovelos.

Apesar da leveza inicial não perde nada pros outros quando entra na violência, tanto na física quanto na psicológica, e também nos surpreende no final, com grandes e pequenos detalhes.

Falando em detalhes, duas coisas são presenças constantes no filme, a cor verde, que está no cabelo do Ryu e em praticamente todas as cenas, e o silêncio nas mais diversas formas e interpretações. Aliás, o elenco também arrasa.
Pra completar: se existe uma lista dos personagens mais azarados do cinema, com certeza Ryu está nas cabeças!!!

Agora é aguardar pra ver se Thirst, o filme de vampiros que Chan-Wook Park lançou recentemente em Cannes, também vai ser tão bom quanto a Trilogia da Vingança.

sábado, 15 de agosto de 2009

Conhecer pra gostar

Já ouvi muita gente dizendo que aqui em Teresina não existem muitos espetáculos teatrais ou de dança porque o público não tem interesse. Sempre achei isso uma grande besteira, acredito que dando oportunidade, as pessoas apreciam sim! Ontem tive prova disso. No meio das bandas que estavam se apresentando no Teresina é Pop a produção colocou uma apresentação de dança, o que pode parecer um certo despropósito e até corta onda num festival desses. No começo muitas vainhas e risadas, aos poucos o povo foi se chegando na frente do palco e um silêncio absurdo tomou conta do lugar. Contemplação absoluta e muuuuuitas palmas no final. É o que eu disse, tendo oportunidade todo mundo gosta de um tantinho de arte na sua vida!

domingo, 9 de agosto de 2009

Eu tô tentando...

Hoje comentei no twitter que tô me esforçando pra caramba, mas tá difícil. Aí o Ivo disse que ao ler lembrou dessa esquete do Mussum, que ele fez o favor de me mandar. E vou dizer: tô me encaminhando pro mesmo final!!!