Mais uma vez vou fazer a comparação entre Fantástico e Domingo Espetacular. Desssa vez eles pediram, não tinha como ignorar.
As duas revistas eletrônicas tinham a mesma pauta, praticamente os mesmos entrevistados, mas mesmo assim o resultado foi significativamente diferente por um detalhe que não devia ser detalhe: a imparcialiade, que a gente sabe que é utópica, mas é referencia básica para ouvir "os dois lados da história" como nós jornalistas ouvimos durante os 4 anos do curso.
As matérias eram sobre atos violentos cometidos por grupos que se identificam como punks. O resultado? Pela matéria do Fantástico os Punks são violentos e ponto. Pela da Record, existem pessoas violentas, mas isso não é caracteristica de todo o grupo.
Na Globo, apenas uma pessoa falou sobre o movimento Punk, mas o trecho do depoimento dele que foi usado basicamente validou a idéia de um grupo violento. O trecho escolhido dizia mais ou menos o seguinte, que o movimento Punk era um movimento sem regras e sem bandeira que luta contra o que está errado aí. Definição errada? Não, mas muito mal colocada na matéria.
Já a Record chegou a ir a um show de Punk, onde segundo o repórter a violência era extravasada no canto e na dança, já que não acontecia nenhuma briga ou confusão no show, que tinha também muita segurança. DOis depoimentos de Punks chamaram minha atenção, um que lembrava da violência nas boates de classe média, e outro que ao ser perguntado se a imprensa já tinha alguma vez procurado ouvir alguém do grupo respondeu que não, que essa era a primeira equipe e por isso ele estava tão a vontade (ok, ele estava enrolando um baseado, mas isso não invalida a questão aqui).
Outra coisa que me surpreendeu foi que as duas emissoras entrevistaram a mesma Delegada, que aparentemente dizia coisas diferentes. Ela foi contraditória? Não, mais uma vez o que aconteceu foi a má escolha de que parte do depoimento foi usada.
Gostei muito da matéria do Domingo Espetacular, não apenas por que eu já fui em shows de Punk e sempre disse que era sossegado e ninguém acreditava, mas principalmente por ver que existe uma certa liberdade editorial, já que a emissora é sustentada pela Igreja Evangelica, que venhamos e convenhamos não deve morrer de amores pelo movimento. Enquanto isso a Globo, que deve ser policiada somente pelo setor comercial, acabou sendo bem preconceituosa.
Poderia~m ser matérias iguais, com os mesmos rostos e as mesmas versões, mas pra um olhar mais atento, foram bem diferentes. Se eu achar as duas na net coloco aqui depois para que vocÊs também possam fazer essa avaliação.
"A impunidade é o pai e a mãe dessa desgraça que está nosso país hoje", pai de um adolescente agredido por skin-heads neo-nazistas em depoimento para a matéria do Domingo Espetacular
As duas revistas eletrônicas tinham a mesma pauta, praticamente os mesmos entrevistados, mas mesmo assim o resultado foi significativamente diferente por um detalhe que não devia ser detalhe: a imparcialiade, que a gente sabe que é utópica, mas é referencia básica para ouvir "os dois lados da história" como nós jornalistas ouvimos durante os 4 anos do curso.
As matérias eram sobre atos violentos cometidos por grupos que se identificam como punks. O resultado? Pela matéria do Fantástico os Punks são violentos e ponto. Pela da Record, existem pessoas violentas, mas isso não é caracteristica de todo o grupo.
Na Globo, apenas uma pessoa falou sobre o movimento Punk, mas o trecho do depoimento dele que foi usado basicamente validou a idéia de um grupo violento. O trecho escolhido dizia mais ou menos o seguinte, que o movimento Punk era um movimento sem regras e sem bandeira que luta contra o que está errado aí. Definição errada? Não, mas muito mal colocada na matéria.
Já a Record chegou a ir a um show de Punk, onde segundo o repórter a violência era extravasada no canto e na dança, já que não acontecia nenhuma briga ou confusão no show, que tinha também muita segurança. DOis depoimentos de Punks chamaram minha atenção, um que lembrava da violência nas boates de classe média, e outro que ao ser perguntado se a imprensa já tinha alguma vez procurado ouvir alguém do grupo respondeu que não, que essa era a primeira equipe e por isso ele estava tão a vontade (ok, ele estava enrolando um baseado, mas isso não invalida a questão aqui).
Outra coisa que me surpreendeu foi que as duas emissoras entrevistaram a mesma Delegada, que aparentemente dizia coisas diferentes. Ela foi contraditória? Não, mais uma vez o que aconteceu foi a má escolha de que parte do depoimento foi usada.
Gostei muito da matéria do Domingo Espetacular, não apenas por que eu já fui em shows de Punk e sempre disse que era sossegado e ninguém acreditava, mas principalmente por ver que existe uma certa liberdade editorial, já que a emissora é sustentada pela Igreja Evangelica, que venhamos e convenhamos não deve morrer de amores pelo movimento. Enquanto isso a Globo, que deve ser policiada somente pelo setor comercial, acabou sendo bem preconceituosa.
Poderia~m ser matérias iguais, com os mesmos rostos e as mesmas versões, mas pra um olhar mais atento, foram bem diferentes. Se eu achar as duas na net coloco aqui depois para que vocÊs também possam fazer essa avaliação.
"A impunidade é o pai e a mãe dessa desgraça que está nosso país hoje", pai de um adolescente agredido por skin-heads neo-nazistas em depoimento para a matéria do Domingo Espetacular
queria criticar tanta coisa sobre punk mas nem adianta...seria uma péssima escolha p entrar nesse caminho...
ResponderExcluirsobre a mesma reportagem no fantastico e na record... é falta do q fz.. eu nem aguento assistir!
bjos flavita!
Odeio todo tipo de movimento separatista, exclusivo desse ou daquele grupo...Não assisti a nenhum dos 2 enfoques, mas há muito q a record dá um banho na globo em matéria de cobertura jornalistica. quanto as Punks aos skin-heads ou aos filhinhos de papai zona sul ou mesmo a polícia de milicia e os traficas descolados, por pior q sejam não dá pra generalizar...Num tô defendendo nem fazendo apologia a violência não, mas o que norteia qualquer tipo de exclusão é a certeza q ninguém vai pagar a conta no final, ou melhor vai sim os inocentes q não tem nada a ver com a total falta de educação e tolerância de uma sociedade degradada como a nossa.
ResponderExcluirAdorei a crítica ;D
Bjus Flá.